quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Você já sofreu bullying no trabalho?

Diferente do que muita gente ainda pensa, situações de bullying no trabalho ou, como é mais conhecido, assédio moral, nem sempre são protagonizadas por gritos histéricos de um chefe descontrolado. Muitas vezes -- muitas mesmo-, o bullying parte dos próprios colegas, em meio a brincadeiras que para uns podem ser inocentes, mas para outros, agressivas. "O bullying nada mais é que uma forma de agressão psicológica que deixa a vítima sem ação, faz com que ela se sinta mal, desconfortável", aponta a psicóloga Sâmia Simurro, vice-presidente da Associação Brasileira de Qualidade de Vida - ABQV. "A essência é denegrir, humilhar a outra pessoa, de forma que ela se sinta constrangida", completa a coach Daniela do Lago.


Assim, não é tão fácil identificar um assédio moral e, mais, nem sempre o agressor tem conhecimento das dimensões do que faz para determinada pessoa. Por isso, Daniela alerta - é preciso ficar mais atento com a maneira como age com os colegas. "Não defendo um ambiente de trabalho sério e carrancudo, só acho que as pessoas têm de prestar mais atenção aos limites das outras. Não é porque uma coisa pra mim é natural e não me ofende que será igualmente visto pelo meu colega. Cada um tem uma reação perante determinada brincadeira, e precisamos respeitar mais essas diferenças", aponta a coach.

Mas as brincadeiras são apenas uma forma de como o assédio pode acontecer. Há muitos outros casos, como falta de respeito, abuso de poder para coagir as pessoas, palavras de baixo calão e por aí vai. Independente de qual seja a forma de assédio, segundo as especialistas, o melhor é encarar a situação. "Quando perceber que está sofrendo o bullying tem de tomar uma atitude", alerta Sâmia. Também segundo Daniela, "Não tem porque ficar com medo ou vergonha de colocar para o agressor que aquela situação não está agradando. É conversando que muitas pessoas acabam com o assédio moral", garante.

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