Filho de Cissa Guimarães é cremado no Rio
O corpo de Rafael Mascarenhas, 18 anos, filho da atriz e apresentadora Cissa Guimarães, foi cremado na manhã desta quinta-feira (22), no Caju, zona norte do Rio de Janeiro. O estudante morreu atropelado na madrugada de terça-feira (20), quando andava de skate no sentido Gávea do túnel Acústico, que estava interditado para manutenção.
Antes de o corpo ser encaminhado para o forno crematório, uma cerimônia religiosa reuniu 60 parentes e amigos em uma sala. Durante 30 minutos, um frei identificado como Robson falou aos presentes. A oração durou cerca de 15 minutos.
O processo de cremação deve levar dois dias, e as cinzas devem ser entregues à família no período de três dias a uma semana. Cissa Guimarães deixou o local às 11h amparada pelos outros dois filhos mais velhos.
O pai de Rafael, o saxofonista Raul Mascarenhas, estava na Itália e veio para o Brasil assim que foi informado da morte do filho. Ele chegou às 9h20 desta quinta-feira acompanhado da filha Mariana Belém, filha da cantora Fafá de Belém. Após a cremação, o músico falou sobre como se sentia.
- É um momento de dor perder um filho. É um absurdo a polícia ter liberado o carro daquele jeito que estava.
Um dos momentos mais emocionantes do velório foi o encontro de Cissa e Mascarenhas diante do corpo do filho. Ela chegou com os outros dois filhos mais velhos. O casal se abraçou e chorou intensamente. A atriz gritava de desespero e precisou ser amparada.
Depoimento de carona
O rapaz que estava no banco do carona do Siena que atropelou e matou Rafael prestou depoimento na Delegacia da Gávea, na zona sul do Rio, nesta manhã. Ele foi ouvido pela delegada Bárbara Lomba. O objetivo é descobrir se ele sabia que o túnel estava interditado para obras e se houve ou não aposta de corrida entre o Siena e um Honda. O conteúdo do interrogatório ainda não foi divulgado.
A titular espera ainda ouvir mais uma vez os dois amigos de Rafael que estavam com ele na hora do acidente. Os jovens disseram na quarta-feira que o Siena e o Honda que seguiam no sentido Barra resolveram retornar para a zona sul pela passagem lateral entre as pistas, dentro do túnel, e então apostaram corrida, atingindo Rafael.
O motorista do Siena e os outros dois ocupantes do Honda se apresentaram à polícia na terça-feira à tarde e negaram o "racha". Eles contaram que retornaram pela passagem lateral porque resolveram fazer um lanche na zona sul antes de voltar para casa, na Barra da Tijuca, na zona oeste. Os rapazes, assim como o motorista, serão convocados a depor novamente, segundo a delegada.
Quando os dois carros deixaram o túnel, após o acidente, o Siena foi parado por uma patrulha da Polícia Militar que estava na praça Sibélius, mas foi liberado em seguida. A perícia no veículo realizada na tarde de quarta-feira (21) revelou que o capô estava totalmente amassado, o vidro da frente quebrado, para-choque solto, entre outras avarias. Os dois policiais já tinham afirmado que liberaram o veículo porque não havia nada de anormal. Depois que as fotos do estado do carro foram divulgadas, eles foram afastados dos trabalhos, segundo a PM. A Polícia Civil vai ouvir os dois militares ainda esta semana. O objetivo é saber por que eles liberam o motorista e se houve esquema de propina.
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